Quem foi Millor Fernandes?

Na noite de ontem, o escritor, desenhista, dramaturgo e humorista Millôr Fernandes morreu. Acho que muita gente já ouviu falar dele. Se não ouviu, já viu o nomezinho dele em algum lugar, né? Bem, a morte pesou muito em nome da arte brasileira, porque realmente, ele era "O" cara. Como eu sei disso? Não me intitulem de fã, tiete ou coisa do tipo, mas eu tive/tenho em mãos uma obra muito legal de sua autoria.

Bem, é minha mãe que tem faz muito tempo, e a filha enxirida aqui que ama ler os livros dela, já pegou milhões de vezes o "Millôr Definitivo: A bíblia do Caos" pra ver, reler, copiar umas frases legais, enfim. O livro é BEM grande (lê-se: maior do que qualquer um de Harry Potter), tem umas quinhentas e poucas páginas de muita coisa legal:

Essa é a capa do livro. E vamos combinar que só de olhar, já deixa a gente curiosa, né? No livro são reunidas MUITAS frases ditas e escritas pelo Millôr, e é uma coisa tão interessante..."É um fantástico conjunto de possibilidades intelectuais. Frases que marcaram a nossa história recente e traduzem de maneira genial o que se viu, sonhou, sofreu e vibrou nessas últimas décadas".

BEM...criei esse post pra falar um pouquinho sobre este cara, que realmente merece uma homenagem! Então, vamos conhecer um pouco, né?

"Carioca do Meyer, nasceu Milton Viola Fernandes, tendo sido registrado, graças a uma caligrafia duvidosa, como Millôr, o que veio a saber adolescente. Aos dez anos de idade vendeu o primeiro desenho e recebeu dez mil réis por ele. Em 1938 começou a trabalhar como repaginador, factótum e contínuo em um semanário, e no mesmo ano ganhou um concurso de contos numa revista. Assumiu a direção da publicação algum tempo depois, onde também publicou a seção "Poste Escrito". Em 1941 voltou a colaborar com a revista O Cruzeiro, continuando a assinar como "Vão Gogo" na coluna, o fazendo por 18 anos. A partir daí passou a conciliar as profissões de escritor, tradutor (autodidata) e autor de teatro. Já em 1956 dividiu a primeira colocação na Exposição Internacional do Museu da Caricatura de Buenos Aires com o desenhista norte-americano Saul Steinberg. Em 1957, ganhou uma exposição individual de suas obras no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Dispensou o pseudônimo "Vão Gogo" em 1962, passando a assinar "Millôr" em seus textos n'O Cruzeiro. Deixou a revista no ano seguinte, por conta da polêmica causada com a publicação de A Verdadeira História do Paraíso, considerada ofensiva pela Igreja Católica.
Em 1964 passou a colaborar com um jornal português e obteve o segundo prêmio do Salão Canadense de Humor. Em 1968 começou a trabalhar na revista Veja, e em 1969 tornou-se um dos fundadores do jornal O Pasquim.
Nos anos seguintes escreveu peças de teatro, textos de humor e poesia, além de voltar a expor no Museu de Arte Moderna do Rio. Traduziu, do inglês e do francês, várias obras, principalmente peças de teatro, entre estas, clássicos de Sófocles, Shakespeare, Molière, Brecht e Tennessee Williams.
Depois de colaborar com os principais jornais brasileiros, retornou à Veja em setembro de 2004, deixando a revista em 2009 devido a um desentendimento acerca da digitalização de seus antigos textos, publicados sem autorização no acervo on-line da publicação.
Em 27 de março de 2012, Millôr Fernandes faleceu aos 88 anos, na cidade do Rio de Janeiro, em decorrência de falência múltipla dos órgãos e parada cardíaca."

Infelizmente e como nós já sabemos: este gênio não tá mais entre nós. Poréeeeeeem seus livros estão sim, e na internet dá pra comprar por preços ótimos ( indico em sites como Submarino, Wallmart e com alguns vendedores do Mercado Livre!), então não tem desculpas pra não ter um pouquinho deste gênio contigo né? Afinal, o que seria do mundo sem as pessoas que são mudadas pelos livros e seus grandes escritores?
Sem falar, é claro, de suas ilustrações, que são bem legais também.

Mas e aí...alguma de vocês conhecia o Millôr ou alguma obra/trabalho dele? 

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