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quinta-feira, setembro 09, 2010

Contos de uma sonhadora e antiquada.

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Contos de uma sonhadora e antiquada – Parte 1.


.Ei!
.Ei o que? -ela não entendeu.
.Eu já queria te dizer há algum tempo...
..Jura? Então diz logo!
.E se você não gostar?
.Eu vou - ela ficou mais ansiosa, querendo ouvir logo que ele estava apaixonado por ela, e...
. Tem uma folha no seu cabelo,sabe. -ele zomba
Foi trágico, ela queria se levantar, mas não resistia a aquele olhar.
.Ah, seu idiota. - ela emburra

.É brincadeira meu amor, eu só quero dizer que nunca conheci ninguém tão especial pra mim, e que você, é a prova de que o que a gente sonha nem sempre vem em papel de presente, mas vem com o melhor dos sorrisos no rosto! - ele se deita ao lado dela, faz bico. - Eu te amo pra sempre, sempre, sempre e alem do infinito, e irá ser perfeito pelo tempo que durar!

Contos de uma sonhadora e antiquada – Parte 2.

Ainda era difícil dela acreditar que ele ainda tinha coragem de tirar algum humor dessa situação.
Naquele momento, ela realmente queria sair de perto dele, e ficaria, no mínimo, muito tempo longe dele.

- [...] Eu te amo pra sempre, sempre, sempre e além do infinito [...]

Foi como se tudo que ela tivesse dito ou pensado há poucos segundos atrás, tivesse se dispersado em algum lugar que ela não queria perder tempo pensando onde estaria.
E ele finalmente disse o que ela esperava ouvir há anos, sua barriga revirou de borboletas, ela queria mais.

Um flashback talvez?

Por um milésimo de segundo ela lembrou de quando eram pequenos ainda, quando ela dizia que o amava e ele a abraçava sutilmente, talvez por educação?

Mas agora, ela tinha certeza do que sempre sentiu, ela o amava, e ele o pertencia. Calma aí, ela se lembrou, ‘não seja tão possessiva, é assim que você perde’.

Ele interrompeu seus pensamentos com um breve: 'Vamos logo pra minha casa.'


Contos de uma sonhadora e antiquada – Parte 3.


Explosões, fogos de artifício, ou bomba atômica, que palavra usar? Todas parecem tão clichês e antiquadas comparadas ao que aconteceu ou ao que ela sentiu estando com você.
O café estava requentado, e o clima pesava sobre o pequeno apartamento antigo.

A final, quem poderia imaginar que depois de tanto tempo, ela voltaria?
O cabelo escuro desgrenhado, a pele lisa e de marfim, como sempre, porém um tanto mais corada que antes, sim, ela estava mais viva que antes.

Bebeu o café quente, abriu a torneira e baixou o rosto, tirando as marcas de lápis de olho e de um pouco do batom quase novo do rosto. Foi simultâneo, passou a escova nos dentes e se olhou no espelho.
Afinal, quem era ela agora? O sol estava raiando, e ela aqui de novo, como no ano passado.

Mas agora é diferente.

A porta se abre, e ela quase corre para chegar logo ao seu lado se e deitar, só para ter o prazer de apreciar o momento mais um pouco.
Sob os lençóis, ela sorri para ele, que meche as pálpebras, concerteza sonhando com ela.


Agora sim, ele era só dela, definitivamente.

E não é que depois desse tempo todo, ela ainda não deixou de ser possessiva?

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