Me perguntaram porque eu gosto tanto de escrever. Porque quando eu me inspiro eu ponho textos tão profundos, me perguntaram o porque. Sabe aquelas caixas que você põe tudo que espera usar um dia, ou só guardar de lembrança, ou então você põe coisas as quais não quer no momento, ou então futuramente pode dar a alguém, quem sabe. Para as outras pessoas, o nome disso é desapego. Para mim isso é escrever.
Através de palavras posso desabafar, chorar, sofrer. Posso descrever sensações boas, posso exprimir minha felicidade, posso criar, inventar, re-inventar, fazer tudo o que eu quiser. O poder é meu. As palavras também.
Curioso? Talvez. Mas para não sofrer - tanto - , para ajudar, para apenas deixar fluir. Para não guardar nada para mim, eu escrevo. Eu não forço, não tento ser diferente, nem ao mínimo penso em mudar, apenas flui. É leve, é bom, é meu coração aberto de todas as maneiras. O mistério é mergulhar, é sentir.
E sim, os sentimentos. Os grandes causadores destas palavras. E quando eu estiver vazia, posso voltar, posso re-ler, posso sentir de novo, e me entender. Não precisa falar que é difícil: é apenas escrever. Eu não choro, eu derramo palavras. Eu não minto, eu apenas escrevo. Eu sinto, eu digito, eu apenas escrevo.
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